Segunda-feira, 06.06.11

O caminho de Santiago, independentemente do propósito individual, não é de todo um caminho para ser controlado mas vivido e sentido. Em pleno sec.XXI, suportado por rápidos avanços tecnologicos, as pessoas como SER HUMANO que são, foram esquecidas. Nunca se falou tanto acerca da solidão como hoje em dia em que a facilidade de comunicação é um dado adquirido. Não serviria isto para uma maior união e aproximação entre as pessoas? Acredito que a facilidade leva ao esquecimento, ao abandono, porque desvalorizamos a acção, a pessoa e o sentimento puro. Neste caminho há o abandono de mim para os outros e de mim para mim.

Hoje, chegamos a Barcelos e apesar de algum cansaço, a sensação é indisritivel! Quando não temos conseguido obter algo nos últimos 6 anos, só este feito é saboreado como se tratasse daquele carro ou casa, dp trabalho ou filho que tanto se quer. Para mim, foi um pouco de tudo isto mas essencialmente a noção de que mesmo existindo alguns temores, estes não poderão impedir-me de pegar nas armas e lutar... por mim.. Preferia não magoar aqueles de quem gosto com esta guerra pessoal, mas é inevitável.

O "olhar de pôr-de-sol", a alegria genuina que sempre foram meu cartão de visita, são mais importantes que a incompreensão dos que vivem suspensos em preconceitos. È o meu caminho e não o voltarei a perder em detrimento de outros.

A renascer!

 

 

Enviado por Samsung Mobile



publicado por soprosdemar às 21:02 | link do post | comentar | favorito

Existem objectivos que são inerentes à nossa existência como se tratassem de parasitas e outros que surgem espontaneamente, sem motivo racional. A alguns anos para cá,  acredito na máxima de não existir coincidências na nossa vida: os acontecimentos, as pessoas e as coisas materiais surgem quando são necessárias no nosso caminho, por mais irreais, dolorosas e ilógicas que pareçam no momento...têm sempre razão para ser. Costumo mencionar que servem de ponte para o nosso destino, mesmo que por caminhos tortuosos e se hoje não as entendemos, talvez amanhã consigamos. Neste âmbito, estava longe de imaginar que um dia pendurar uma mochila pesada (+/- 6-7kg) nos meus ombros e caminhar durante dias a fio, seria um propósito até que... aconteceu.

Hoje, enquanto lêm estas palavras, já muitos passos terei dado em direcção a Santiago de Compostela. Se no inicio, pretendia trilhar este percurso sozinha, confesso que me alegra levar uma companhia, e como sugere o titulo deste post, feminina. Esta companheira é a prova do que escrevi no anterior paragrafo: travamos conhecimento a nivel profissional e sem que ninguém esperasse entramos na vida da outra sem entendermos como nem porquê. Talvez seja só para sermos caminheiras neste percurso ou algo mais, não sei...a vida acabará por responder e independentemente da razão, agradeço-a porque é uma pessoa impecável, de uma ternura e doçura enorme, e tentarei obter o máximo de aprendizagem.

Mas porquê caminhar durante 230km? Não encontro uma única resposta, apenas um conjunto de factos que talvez tenham impulsionado esta decisão. Talvez o péssimo ano de 2010, repleto de quebras e perdas; um 2011 recheado de sensações/certezas em que para evoluir há que quebrar com o que angustia; encontrar respostas ou apenas fugir: abandonar a comodidade dos ultimos anos que nem sempre foi saborosa e encontrar-me com um presente diferente, vivido com dias de plenitude e paz, e com um futuro inesperado mas certamente vitorioso e feliz. Reforçada pela missiva de Paulo Coelho "pelo nosso pé e passo qualquer um é absolutamente capaz de fazer o seu caminho, de atingir o seu sonho (...)". Ou então, o motivo talvez não seja nada disto.

Sem pretensões de algo como em "O Diário de um Mago", mas com inúmeras convicções porque mais do que passar pelo caminho, será este a encontrar-me e a passar por mim. Aprendi a estar alegre com pouco e talvez agora a vida seja finalmente generosa até porque sempre pedi muito e parafraseando Paulo Coelho: " ninguém gosta de pedir muito da vida, porque tem medo da derrota". Esta não receio desde que consiga levantar-me e lutar, acredito sempre em vitórias.

 

Com tudo isto, hoje serão perto de 40,90km desde a minha terra a Barcelos, apenas guiados por pequenas setas amarelas.

Hoje, será o primeiro dia do Renascer!

 

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Terça-feira, 31.05.11



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Quinta-feira, 19.05.11
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Para ficar cota e nada melhor que envelhecer por aqui (Maragogi e Moçambique, respectivamente):

 

 

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Segunda-feira, 16.05.11

Hoje será algo deste género:

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Mas com uma criança e adulta mais pequenas, numa praia a sermos simplesmente crianças.



publicado por soprosdemar às 00:52 | link do post | comentar | favorito

Quarta-feira, 11.05.11

Sou mandada parar por uma patrulha (algo que tanto gosto{#emotions_dlg.barf}). Pedem-me os documentos (onde demorei imenso só para conseguir tirar a carta de condução da carteira) e perguntam se posso abrir a mala (até parece que se disser não adianta). Lá saio do carro e dirigi-me à mala dizendo: "só tenho uma cruzeta, guarda-sol e guarda-chuva", ao que me respondem:

"- Menina, isso podem ser consideradas armas." Ah, armas???, tão doidos -pensei  (tinha mesmo a resposta na ponta da lingua, mas fiquei caladinha...armas??)

Devolvem-me os documentos, mencionam que posso seguir e diz o agente que ficou a obervar o tempo todo, para o colega:

" - Eu bem disse que meninas bonitas têm tudo direitinho, não é Menina?" (fico a olhar ainda mais parva do que com a resposta das armas)

"- Até conduz devagar e tudo, correcto?"

"- Claro!" - minto eu, e arranco antes que ouça mais baboseiras :)

 

 

( e eu pergunto, se já sabiam que não tinha nada a ser considerado, porque me mandaram parar?gozo?)

 

 



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Terça-feira, 10.05.11
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Está decidido... daqui a menos de um mês estarei aqui, após milhares de passos dados.

Neste momento, sinto-me corajosa e optimista de sucesso neste esforço fisico e psicológico.

E agora, há que condensar o minimo indispensavel, em curta bagagem com o menor peso possivel (gosto deste despudor em libertar-mo-nos do que não faz falta).


sinto-me corajosa

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Domingo, 08.05.11
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publicado por soprosdemar às 14:39 | link do post | comentar | favorito

Sexta-feira, 06.05.11
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...destes escorregas metálicos da minha infância, que expostos à luz solar queimavam o rabiosque há medida que o descia. O mais fascinante era a sua altura, sempre altos, com degraus arredondados afastados o suficiente para ter que esticar bem a pernita pequena para alcançar o proximo e chegando ao último, vislumbrava-se a paisagem e a distância ao chão e em fracção de um segundo era decidir: vou sentada ou deitada de frente?

Recordo que uma praia que frequentava com a familia, tinha um pequeno parque infantil, com 2 escorregas metálicos, claro, um pequeno e outro grande. Não me recordo sequer de andar no pequeno, era baixo demais para a minha tenra idade de 4anitos. E sempre que vinhamos embora, la ia eu para a fila, ansiosa por subir tantos degraus e descer, descer. Quando descobri que molhada a velocidade na descida era maior foi um ex-libris! Tentava vir sempre molhada, nem que fosse só o rabiosque, para descer a alta velocidade.

E quem se lembra dos sobe-e-desce ou bacalhaus? Aquelas tábuas de madeira coloridas com rachas que revelavam a idade do divertimento e o seu uso contínuo?

Claro que haviam baloiços, com correntes de metal decompostas pela erosao maritima, que pintalgavam as mãos de laranja ferrugem como se fosse uma prova do quanto tinhamos voado (sim, porque nessa altura estes baloiços eram grandes e conseguiamos subir imenso).  Hoje, o plástico camufla esta adrenalina: são baixos, pouco inclinados, curtos e permitem velocidades mais lentas que um caracol. Como se não bastasse, o chão de cimento ou areia, que marcou muito os meus joelhos sempre que não controlava a saida rápida dos divertimentos, é também de um material todo aborrachado, fofo e amortecedor.

Vozes afirmam que os actuais são mais seguros, e? Até podem ser, mas na minha humilde opinião, segurança a mais "paneleiriza" a criança. Criam-lhes receios infundados e a ideia ridicula que estão sempre protegidos de acontecimentos maus. Depois queixam-se que as crianças de hoje só querem jogos de video...pudera, devem viver mais aventuras nesse mundo fantasioso que na vida real.

Apesar de muitos psicologos e pais estarem a tentar criar uma vida infantil em redomas de vidro, estas não existem e num futuro próximo este vidro, partir-se-à e o que vai a criança-já-adulto fazer?

Tenho medo que, um dia, um destes seres cautelosos me prenda, quando me virem a ensinar à cria como se salta de um baloiço em pleno voo, como se anda em pé no baloiço sem cair, como se escorrega de frente...

 


sinto-me criança

publicado por soprosdemar às 11:52 | link do post | comentar | favorito

Quarta-feira, 04.05.11
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