Segunda-feira, 29 de Novembro de 2010

Sei que não sou a única, mas este ano ainda nenhuma prenda foi comprada e não, não sou a típica portuguesa que deixa tudo para último, bem pelo contrário. Mas este ano, o espirito natalicio não me invadiu.

O Natal culmina com o fim de 2010 e este foi um ano que deixou marcas e infelizmente, foram quase todas péssimas e dolorosas. E tal como escreveu Edna Ferber, "Natal não é uma estação mas um sentimento", este ano não sinto o Natal como anteriormente. Não é de todo a minha festa predilecta mas as cores, melodias, a beleza das decorações, a àrvore imponente (a nossa é enormeeee), a compra das prendas para as pessoas, as ruas enfeitadas, sempre me conquistou. O auge para mim sempre foi decorar a àrvore de Natal e a mesa da Ceia: sempre diferente, com pormenores unicos. As prendas também gosto claro, mas mais das que ofereço...adoro presentear os outros. Para mim ofertar é maravilhoso e não apenas pela prenda em si mas por tudo o que a envolve: pensar no que comprar, imaginar na pessoa, os seus gostos e feitios... Nem que por qualquer motivo se troque a prenda. O importante para mim, é todo a sua idealização porque o tempo que demoramos a pensar - decidir -comprar, nunca é desperdiçado, mas sim aproveitado a recordar a pessoa e isso é energia de carinho, compreensão e amor. Talvez por tudo isto, que ninguém compreende, nunca gostei muito de receber dinheiro ou que  pedissem a outros que comprassem prendas para mim. Sempre achei que ou eram/são preguiçosas ou então afinal não tenho importancia nenhuma para aquela pessoa para que não possa dispensar uns minutos em sair à rua e comprar ou então oferecer algo feito por si próprio.

Para mim Natal é amor e familia, se não podemos/queremos ter trabalho a colocar um pouco desse amor/carinho na elaboração ou compra de uma lembrança para alguém, então prefiro que nada me oferecam. Tudo o que seja a despachar é descartável e se assim me acham, então prefiro nada do que algo oco emocionalmente.

Adoro quando apreciam o embrulho, que quando ofereço algo feito por mim fiquem contentes não pelo que é mas pelo gesto... esta sociedade está tão carente de gestos de ternura!

O melhor dos elogios para mim é "oh, não era preciso teres trabalho". Claro que era! Se gosto de ti e ti e ti e ti, fazer algo por mim, correr lojas à procura do presente perfeito, não é trabalho é um gosto, um prazer e quando se corre por gosto não se cansa, ama-se!

 

O Natal, para mim, é amor,  familia e sentimento... talvez pela familia que não cresceu, este ano não sinto e não quero sequer fazer a àrvore de Natal.


sinto-me anti-natalicia

publicado por soprosdemar às 13:52 | link do post | comentar | favorito

1 comentário:
De tresgues a 21 de Dezembro de 2010 às 16:17
E ainda bem que árvore de Natal sempre foi feita.
E um novo ano vai, em breve, começar!

Um Feliz e... descansadinho Natal!
(Este ano são assim os meus votos...)
E que o próximo ano seja a concretização dos principais desejos/sonhos!
(Acho que fui realista e não pedi demais...)
Abraços natalícios e essas coisas.





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