Não sei se foi por estar sempre a dizer que detesto este mês, que Abril resolveu mudar e conquistar-me: faz sol mas melhor ainda, calor!
Por cá, reina o Verão. Não propriamente em casa (apesar de as vidraças serem abertas logo de manha e fechadas pelas 23h; armarios escancarados e outros mais), mas muito em mim. As meias desapareceram bem como mangas compridas ou até mesmo as mangas completas. Já circulo descalça e adeus casacos, botas, camisolas e outro vestuário camisa-de-forças. E tudo isto dá-me uma alegria que ninguém entende. Se normalmente já sou um ser alegre e bem disposta, com o calor extravaso felicidade por todo o lado. Motivos? Vários, mas o mais importante é estar realmente viva, não ter permitido que a grande criança que me habita desapareça e por isso gosto tanto deste lado do Mundo.
Poderia ser ainda melhor? Claro que sim, pode sempre desde que se queira e assim estiver escrito para nossa evolução. Mas nada disso importa, porque com este presente há sempre futuros magnificos, enquanto que apenas a pensar no futuro, poderemos não construir um presente risonho e assassinar um futuro promissor.
E sim, eu sei que "Abril, àguas mil" e em "Maio, come-se as cerejas ao borralho". Mas até la, vive-se este "Julho" com a intensidade de um presente de Natal... nem os 80 mil milhões de empréstimo ao país escurecem esta sensação; nem o aumento do IVA para 25% ou mais despedimentos, cortes nas pensões ou aumento das depressões/desemprego/suicidios. Simplesmente, enquanto houver sol há força de vontade e com esta reina a esperança: para atrair riqueza, os pensamentos não deverão repousar na palavra crise.
Mais importante que o SOL que observamos lá fora, é o que nos habita e pelo menos o meu irradia energia!