Já lá vão quase 4 meses e, como transportada por uma pluma, volta a dor e saudade em lacónicos momentos sem significado ou lógica.
Não sei em que nuvens páras nem com quem brincas, mas se encontrares o Todo Poderoso, pede-lhe por mim...diz "Chega!". Tou cansada de ainda não Lhe bastar todo estes -quase - 365 dias cinzentos.
As arestas têm sido polidas de forma tão intensa que estão a transformar-se em curvas, em pequenos circulos repetitivos e sufocantes.
Contigo partiu o último stock de objectivos e impulsos geradores de força. Estou como sempre estive mas mais dentro de mim...estou apenas comigo, porque nada ao redor existe, porque nada me sorri e porque ninguém se importa agora -principalmente eu.
Vou automaticamente e debito institivamente, sem paixão ou motivação, orgulho nem reconhecimento. Sempre me conheci, mas desde há 6 anos que me perco. O meu pequeno mundo inverteu-se e a semeadora de sorrisos foi colhendo amarguras e perdendo os seus anjos protectores, talvez tenha agora um (a) que olhe por mim, quem sabe? Mas também não importa pois não sei qual será o caminho e por uma vez na vida, necessito de saber a que horas o Sol nascerá.
Sempre quis muito até porque conheci sempre pouco. O Mundo é decerto a minha casa, pois sou de todos os belos lugares e espalho-me pelos países que vou descobrindo mas já nem isso acalenta esta angústia. Preciso de cantar um novo fado, estou sinceramente exausta de que tudo para mim seja mais dificil de alcançar que para os outros.
Talvez amanhã este espaço fechado se abra ou quem sabe se encerre mais e eu finalmente descanse.