Quem nunca se deparou com imensa roupa, calçado, acessórios e outros artigos em cada limpeza que se faz em casa??
Existe cada vez menos preconceito com roupa usada e quase sempre os artigos são vendidos em óptimo estado de conservação e mesmo para os mais esquisitos, basta lavar (novamente, porque as peças são sempre vendidas após-lavagem).
No âmbito desta situação e não só, aproveito para dar uma sugestão: consultem a (Re)vestir e verifiquem artigos que foram adquiridos ou ofertados e usados ou não, são postos à venda a preços lowcost porque "já não se gosta, não se usa, não se veste, não serve". O site é super-feminino mas aberto a homens também, com meios praticos e seguros de pagar e rápidas entregas.
Além de pouparmos (essencial para esta crise), ajudamos a Natureza visto estarmos a reciclar peças e se precisar de oferecer, até fazem embrulhos!!!
Tal como lá diz: é simples, barato e ecológico.
Só não poupa quem não quer!
Podem chamar-me de retrógada, falta de gosto, cota, conservadora... o que quiserem mas não me digam que há decência e gosto no que relatarei. A percorrer uns blogs, vi um post que me despertou a atenção, porque o vivencio -infelizmente- semanalmente.
Além de outras coisas, sou formadora de miudos a graúdos, ou seja lido com pessoas dos 16-60 anos e apesar de gostar bastante desta diversidade, há factos que corroboram que muitas das cenas tristes que desfilam em praças públicas, são influências ou descontrole parental. Passo a explicar: vivemos numa era de profunda e excessiva liberdade, e como o que é demais enjoa, o mesmo se passa com esta moda justa e de cinta-descida. Se isoladamente, só fica bem a alguns corpos então conjuntamente em modelos mais desfavorecidos é simplesmente... um pavor.
Tenho inumeras formandas, mães de familia que para, talvez, recordarem a adolescência, vestem roupa de tamanhos menores aos reais, com feitios, texturas e cores modernas mas ridiculos na relação idade-corpo-conforto-saude. Ora vejamos, há uns tempos uma formanda de 39 anos, apresentou-se com umas calças de ganga tão justas que se tivesse comido leguminosas, talvez rebentassem com uma leve flatulência. Além disso, o tamanho não era o correcto para o seu corpo e como se não bastasse, eram de cinta descida, o que evidenciava os comprimidos pneus. Enquanto se deslocava para o seu lugar, não pude deixar de observar o ridiculo do seu caminhar, alterado do normal e natural, devido à compressão provocada pelas mesmas. Como se não bastasse, ao sentar-se, a minuscula cinta descida, desceu ainda mais revelando algo mais pavoroso, não pela peça em si, mas por tudo o resto: uma majestosa e subida cueca fio-dental vermelha arrendada, que ficava cerca de 10cm acima da cinta das calças. Tudo se via, e infelizmente a aula não era sobre os musculos gluteos.
O mais engraçado -ou não- é que esta exposição provocou uma risada na turma e mesmo a chamada de atenção de alguns colegas, mais sensiveis de visão mas não de expressão oral impeliu a minha intervenção e chamada de atenção à protagonista. Só para completar a imagem: nesse dia trazia uma blusa desapertada no umbigo (talvez para se ver o piercing) e um colete de ganga de tal forma justissimo, que os peitorais apelavam por oxigénio.
Repito, todas as semanas há desfiles destes por senhoras que, na minha modesta opinião, deveriam ser o exemplo idóneo de como se apresentar na sociedade. Uma pessoa que se veste assim, procura que emprego no mercado de trabalho?
Será que apenas eu acho isto nojento???
2010 está cada vez mais próximo e com esta passagem surgem tradições / superstições ou simpatias que variam de região, país e da propria vontade. A mais conhecida diz respeito ao vestuàrio: a tal tipica peça de azul. O certo é que as outras cores não estão proibidas, pois cada uma tem o seu significado dependendo do desejo privado de cada um. O unico ponto consensual é vestir uma peça de roupa intima nova como cueca, boxer, meias, soutien, body, etc. Toda a indumentária não deve ser muito justa de forma a não atrair dificuldades económicas, não ter rasgões (mesmo que pertençam à origem da peça), buracos ou falta de botões. A cor, cabe a si escolher, que ainda poderá ser combinada com várias na mesma peça:
Ainda existem as conhecidas simpatias (espécie de rituais com determinados fins), como para atrair mais sorte para novo ano, por exemplo:
Mas se a questão pertinente é dinheiro, então toca a vestir uma peça amarela e colocar uma nota dentro do sapato. Quando der a meia-noite, diz a crendice que se deve atirar moedas e notas para o ar que atrairá riqueza para todas as pessoas que moram nesse local. Se, entretanto, sentir alguma comichão na palma da mão direita é sinal que foi bem sucedido, pois o orçamento irá ficar mais recheado. Se sentir o mesmo na mão esquerda... azar.
Bem melhor é roer sete sementes de romã na noite da passagem de ano, embrulhá-las num guardanapo e guardá-las na carteira. Ou então, experimente colocar uma folha de louro na carteira e deixa-a lá no ano inteiro, se preferir pode guardar antes 7 sementes de maçã.
E nada de passar a passagem do ano com os bolsos vazios, porque assim eles vão permanecer tal e qual o resto do ano de 2010!
Não sei se já vos aconteceu, mas há dias em que não faço a minima do que vestir!
Ontem foi um desses, apenas porque as presianas revelaram um péssimo dia... e agora o que vestir e calçar? Bem, em menos de 1 min estava decidido e vestida, até porque só tinha 3 minutos para me calçar e chegar à paragem do metro.
Olhei ao espelho e não gostei muito, sou sincera, até porque as calças tinham voltado ao corpo bem como um casaco e sapatos fechados... ai que saudades das minis (mini-saias, entenda-se), das sandálias abertas e dos decotes sem quaisquer casacos a esconder. E antes de sair de casa, nada de esquecer do estético guarda-chuva.
Até aqui tudo bem, mas ao chegar ao hospital, eis que um simpático colega espanhol me diz: "oi n*, tens a certeza de que fizeste 30?eu sempre duvidei mas hoje tenho a certeza" e riu-se há medida que se afastava. Sinceramente não percebi, mas nem me preocupei. Queria era pousar o malfadado guarda-chuva que se virou umas 3 vezes pelo caminho e tentar secar-me.
Ao entrar na sala de aulas e após os bons dias habituais, os alunos iniciaram um ritual de "parabéns atrasados" e uns mais espertinhos "oh stora, tá com medo dos intas??não se preocupe, parece que tem 18!" e mais risos. Numa pequena pausa, o espanholito voltou a investir "tas uma verdadeira adolescente, quase colegial". Hum, alguma coisa se passava e de forma rápida porque não percebia nada. Mas enfim, a manhã terminou e só quando regressei a casa entendi tudo: a culpa era da roupa, sempre da roupa!
Já percebi pessoal: há que deixar as calças de montanhismo em casa, bem como os mocassins e nada de travessões na cabeça... de facto com uma mochila parecia uma adolescente! lol
Nunca mais visto a primeira coisa confortável que o armário me atira, até porque há uma série de reputações a defender: a de profissional de saude, "stora" e empresária!
Mas ainda assim não pude deixar de sorrir. Até porque nada passou de elogios: quem aos 30 poderá agradecer por parecer ter 18 apenas porque mudou de vestimenta???